Senta danada – diante de Lilith
Sim, verdade, não é só essa canção, e também não é de hoje que se constata o aqui visto; já há um tempo que as composições populares -sempre cantadas por homens - apontam para um reordenamento da atuação sexual, fazendo redimir o mitológico outrora proscrito.
Nova ideia, nova atitude, nova afirmação do libidinoso feminino. Agora pelo alto, é ela quem define e comanda o ritmo.
Não que os homens o aceitem e se deem por vencidos. Entretanto, não há como se orgulhar de sua resposta paupérrima. Sem meios para recolocarem-se em dominância, o que lhes sobra é infantilizar a cena com um vocabulário diminutivo. Daí brotarem termos como "colinho", "carinha de neném" e outros recursos ínfimos.
Pálida reação, um falível tentar tornar menos sério o que é um revolucionário nítido. Os homens não podem mais muito, e o sabem.
Dança-se assim conforme o refrão. Ou nem isso.