Convulsões sociais em Manaus e a alardeada passividade do povo – falácias da pequena burguesia

26/01/2022

Na semana passada, em meio ao recorrente caos pandêmico, a agora privada companhia elétrica do Amazonas iniciou uma nova investida contra a população pobre, instalando medidores que, ao que tudo indica, promovem um aumento substantivo nas contas para o consumidor. Como resultado, foi escorraçada em diversos bairros.

Também em dias recentes, um grande protesto de mototaxistas cobra das autoridades medidas mais rígidas de fiscalização no trânsito, a fim de evitar acidentes graves como os que os acometem.

Somem-se a isso outras manifestações, como a feita na rodovia AM-010, e o que está claro é uma verdade que as ditas alas elitizadas do estado insistem em esconder. Sim, o povo se revolta, e vai às ruas. Quem gosta de nota de repúdio aqui é a pequena burguesia.

Porém, o que a população não faz é defender causas que não lhe são caras, que não estão ligadas a sua vida prática, àquilo que a aflige realmente. Logo, não adianta chegar a ela para levantar cartazes com melindres moralistas. Esta tem mais o que fazer.

Sim, é fato que as causas primeiras, as ligadas ao processo político, permanecem ocultas à boa parte do povo. Contudo, em qualquer lugar onde se instauraram revoluções, este trabalho de esclarecimento sempre coube às vanguardas, que, no caso em questão, deixam muito a desejar em cumprir o seu papel.

Desse modo, está mais do que óbvio que está na hora de se reunir com as massas, e ouvir suas reais demandas. São elas que ditarão os rumos da transformação. No mais, sua potência de criação destruidora permanece ativa. São os pequenos burgueses que dormem em seus delírios. Mas já tarda a hora que acordem. A revolução é bem mais do que um tema de artigo.

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