A cidade e seus cúmplices, por Victor Leandro
25/07/2020
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-Somos uma voz,
-A mesma.
-A exigir um novo mundo,
-Outro.
-Que não este,
-Fascista,
-A inaquietar com os versos
-O sono.
-Do burguês alienado,
-E demente.
-Não há motivo por que calar,
-Quando,
-O que se perde são apenas os grilhões,
-E o delírio,
-De uma existência entorpecida,
-Pela angústia,
-De não ser sequer o que somos.
-Por isso aqui,
-Agora,
-Nesse lugar de treva,
-Estamos,
-A recursar as vias obscura,
-Recuso!
-A não aceitar a fome,
-Dos que a sentem.
-E a defender a todos,
-Que doem,
-Em agonístico silêncio.
-E para a luta,
-Infinda,
-Porém gloriosa e sobretudo,
-Digna.
-É que aviso,
-Nós dizemos,
-Que nessa exata hora,
-Eu, você, o mundo inteiro,
-Estamos prontos.
-Estamos prontos!