2022, o ano da volta do anzol
Em festa de rato não sobra queijo. Mas se não fosse a volta não haveria o anzol.
Muitos são os que subestimam as forças instintivas e raivosas. Imaginam o mundo inteiro feito por pantufas. Talvez não tenham folheado o bastante os manuais de história para saber que esta é uma sucessão de arrombos transformadores, ou, nos termos de Marx, de uma criação destruidora.
Mas não pode ser uma fúria qualquer. Ela precisa estar dirigida para fins bem pensados. Dionísio conformado com Apolo para os Nietscheanos. Ou, no caso dos meninos de séries, como fez o pai do Dexter, tão logo descobriu ser o filho um incorrigível psicopata.
No ano que chega, em que os farsantes que nos governam aparecerão com caras de bons moços, devemos votar não por resposta, e sim por vingança. O botão terá de ser apertado como quem crava uma faca no peito dos assassinos. Somente assim teremos minimamente mitigado a perda de seiscentas mil pessoas para a estupidez das desautoridades políticas e do vírus.
Claro, isso soa aos seus ouvidos por demais metafórico. O certo mesmo era que os ignominiosos fossem para o Gulag. Só que isso não é possível. Então, o que cabe é pensar na vendeta moral de escorraçar da sua cidade, do seu estado, do seu país uma horda dos mais torpes cretinos.
Chegam os novos tempos, de uma luta gloriosa, e os ratos covardes cairão sob o sol.
É o ano da volta do anzol.